Meu casamento - 13-11-2010

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Casamento Josely e Delavi

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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Uma postura brilhante do adorador diante de Deus!

Dizem que o canto é uma forma de oração. Alguns até dizem que quem canta seus "males espanta".
Algumas vezes na Bíblia encontramos cânticos que são orações profundas e que expressam exatamente  o que a pessoa trazia em seu interior.

Um exemplo disto é o cântico de Maria.Quando ela se dá conta de que seria a mãe do Salvador e entende a profundidade desta missão, ela canta o "magnificat anima mea" - A minha alma engrandece ao Senhor e o meu Espírito se alegra em Deus, meu Salvador! Porque atentou da humildade desta tua pobre serva. As nações da terra chamar-me-ão bem-aventurada."

Ela canta. E seu canto é uma linda oração de gratidão por ser privilegiada. E que privilégio, não? Ser escolhida para ser aquela que contemplaria a vinda do Salvador ao mundo. E Maria era, nos termos que chamamos hoje ao que adora ao Senhor através de canticos e orações, uma adoradora.

O seu canto foi sincero e humilde. Por isto ela foi escolhida. Ela não pensou em cantar um grande solo na sinagoga, muito menos em contar a noticia que recebeu para todos que encontrasse pelo caminho. Ela cantou para Deus a mais bela e doce canção com seu espírito. E Deus se alegrou do coração da jovem adoradora.

Eu creio que o canto é mesmo uma forma de oração. Não somente uma forma , mas a própria oração.
Eu não acredito em um ministério musical sem oração. Eu não acredito que haja oração sem música ou música sem oração. E quando falo de música, falo do som maravilhoso, profundo e rico que Deus colocou nos lábios de seus adoradores: o verdadeiro louvor.

O meu desejo profundo é que os verdadeiros adoradores saibam o seu lugar. Somente Deus é digno de honra, glória e louvor.
A minha oração é que Deus possa receber nossos louvores como incenso agradável.
E encerro com os versos de uma canção: " E que diminua eu....para que Tu cresças, Senhor, mais e mais."

Digno é o Cordeiro que foi morto de receber honra, riquezas, louvor e poder, glória e sabedoria."

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Canto congregacional

Prática vocal na liturgia reformada


No artigo anterior, ressaltamos a importância que o Saltério de Genebra teve para a vida litúrgica da Igreja Reformada, permitindo que a igreja como comunidade de fé participasse do canto nos cultos, e de como esta prática se estendeu até nossos dias. O canto congregacional para nós hoje, graças à visão e esforço de cristãos comprometidos com a proclamação do Reino de Deus, continua sendo uma expressão e afirmação de fé da igreja como povo de Deus.

É importante termos como pano de fundo que a nova igreja que surgia, a Igreja Reformada, se preocupou com a elaboração de sua liturgia e com a estrutura clerical de um modo diferente da prática que vinha acontecendo. A Igreja Romana, preocupada com o movimento da Contra-Reforma, determinou sérias mudanças em sua organização eclesiástica. Uma delas foi a quase abolição da música na liturgia. Assim, aconteceu uma separação na música: a música sacra católica e a música sacra protestante.

Esta divisão entre música católica e música protestante deu origem a formas diferentes de prática da música sacra vocal. No lado protestante, houve um grande impulso na produção de hinos e cânticos específicos para o culto, na forma conhecida como “forma coral”. O Saltério de Genebra foi organizado e pensado nesta perspectiva musical. No lado católico, a polifonia e o estilo contrapontístico apresentado pelo compositor Giovanni Pierluigi da Palestrina (1525-1594), através de uma missa em forma de música intitulada “Missa do Papa Marcelo”, prevaleceu como a forma ideal de música para o culto católico.

O que havia de “ideal” na música de Palestrina? Alguns elementos considerados na época orientaram esta escolha. Eis alguns deles: “pureza, clareza, leveza, misticismo e perfeição técnica”, isto é, perfeição na escrita composicional – a polifonia. Ao mesmo tempo, confrontando este estilo com a prática da música sacra vocal protestante, a diferença estava exatamente na participação do povo durante o culto. Na forma dos corais e hinos protestantes, todo o povo poderia participar cantando. Na forma polifônica, somente clérigos e corais especializados poderiam cantar, devido à extrema elaboração técnica para o canto.

Desta forma, o canto congregacional torna-se um importante elemento de divulgação e afirmação da fé protestante. É preciso lembrar que, antes do movimento da Reforma Protestante, o povo era um mero espectador das cerimônias religiosas. Com o desenvolvimento dos corais religiosos, o povo passa a participar cantando e surge, desta forma, o coral protestante. O texto era adaptado, isto é, metrificado e organizado melodicamente e harmonicamente, e era destinado a ser cantado coletivamente, em uníssono. O canto tornou-se uma expressão de fé a uma só voz, representando toda uma comunidade de cristãos.

Paralelamente ao desenvolvimento do canto congregacional, cresce também a arte vocal chamada “erudita”, grande parte cultivada pelos coros e que tinha a função, em alguns lugares, de ensinar e conduzir a congregação nos cânticos. Muitas práticas foram desenvolvidas como, por exemplo, alternar as estrofes entre coro e congregação ou, ainda, cantar no estilo polifônico típico do período renascentista, onde a melodia principal encontrava-se no tenor. Lembramos também que esta prática extrapolou os muros da igreja e a música erudita sacra ganhou espaço em outros lugares, como as salas de concerto e a corte, sendo utilizada para coroar reis e receber nobres e príncipes.

Esta prática parece caminhar para extremos, isto é, com o desenvolvimento elaborado da polifonia, notou-se que a congregação participava cada vez menos dos cantos e que os corais passaram a exibir suas habilidades vocais, devido à polifonia executada nos hinos.

Surge desta forma o coral congregacional, através de Lucas Osiander, em 1586. Ele harmonizou corais e salmos a quatro vozes destinados à participação da congregação. E esta forma de coral congregacional ainda hoje é praticada em muitas igrejas.

No Brasil, a prática do coral congregacional chegou através dos missionários norte-americanos. A evidência desta prática encontra-se nos vários hinários utilizados até hoje em muitas igrejas no Brasil. Seu formato baseia-se na escrita da forma coral – soprano, contralto, tenor e baixo. Toca-se o hino na forma coral e a congregação canta a melodia em uníssono.

A IPI do Brasil, que hoje adota o hinário intitulado “Cantai Todos os Povos” (CTP), utilizou por muitos anos os “Salmos e Hinos”, cujos direitos autorais pertencem à Igreja Evangélica Fluminense e que foi elaborado pelos missionários Robert Reid Kalley e sua esposa Sarah Poulton Kalley, e continuado pelo filho adotivo do casal, João Gomes da Rocha. O principal intuito de ambos os hinários é o de continuar proporcionando à comunidade de fé uma forma de erguer a voz, expressando e afirmando a fé em Deus cantando.

O canto congregacional é de grande importância para a vida da igreja. A fonte de inspiração para esta prática vocal sempre foi, e deve ser sempre, a Palavra de Deus. Precisamos nos lembrar que a adoração comunitária deve conduzir sempre ao conhecimento de Deus. A condição da participação do povo na liturgia através do canto, conquistada pelos reformadores e que revolucionou a forma de fazer música na igreja, não pode ser perdida e, sim, seguir o ideal da igreja que “sempre se reforma”.

Josely de Moraes Antonio, membro da IPI de Botucatu, SP

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Nada Tem Sentido

Outro dia eu estava pensando sobre minha vida e sobre o que tenho feito com tudo aquilo que tive a oportunidade de ter e saber. Nada como um belo dia chuvoso com ar de "bolinho de chuva" para que a gente fique saudosista e imagens flutuantes da nossa memória passeiem pelos nossos olhos, quase saltando para fora.
Tive o privilégio de estudar em boas escolas, em uma boa universidade e pude fazer muita coisa que talvez muitos gostariam de ter feito. Pensei no quanto sou privilegiada e abençoada. E assim foi por um bom tempo olhando pela janela e sentindo a chuva passar tal como as memórias e imagens da minha breve história.
Mas que sentido teria isto tudo com relação à minha vida hoje? Por que será que tantas memórias evocaram sentimentos diversos? Será que conhecimento e sabedoria são atributos que nada valem diante do que pensamos ser a vida e tudo que somos perante Deus?
Hoje pela manhã li o primeiro capítulo do livro de Eclesiastes e fiquei pensando sobre a falta de sentido que muitas vezes percebemos das coisas da vida. E assim diz o nosso pensador nos versos 16, 17 e 18:
"Fiquei pensando: Eu me tornei famoso e ultrapassei em sabedoria todos os que governaram Jerusalém antes de mim; de fato adquiri muita sabedoria e conhecimento. Por isto me esforcei para compreender a sabedoria, bem como a loucura e a insensatez, mas aprendi que isso também é correr atrás do vento.  Pois quanto maior a sabedoria, maior o sofrimento; e quanto maior o conhecimento, maior o desgosto."

Que susto ler um pensamento destes! A pessoa que o escreveu deve ter passado por experiências onde todo o conhecimento antes aprendido de nada deve ter valido em determinadas situações. No início destes capítulo lê-se: " As palavras do mestre, filho de Davi, rei em Jerusalém: Que grande inutilidade!, diz o mestre. Que grande inutilidade! Nada faz sentido! O que o homem ganha com todo o seu trabalho em que tanto se esforça debaixo do sol?"

Fico imaginando por quais desafios o autor destas palavras deve ter passado. Será que usar todo seu conhecimento não foi suficiente em dada circunstância?Ou será que ele se decepcionou ou viu todo seu trabalho ruir diante de alguma situação? Em várias passagens do livro de Eclesiastes a sabedoria é descrita de formas diferentes e nem sempre com este caráter de inutilidade.
Eu tenho aprendido que a sabedoria é divina. E o conhecimento também. E que as palavras e atitudes que são fruto dos lábios do verdadeiro sábio não é correr atrás do vento. Em Eclesiastes 9:17 " as palavras dos sábios devem ser ouvidas com mais atenção do que os gritos de quem domina sobre tolos. A sabedoria é melhor do que as armas de guerra, mas um só pecador destrói muita coisa."
Agora sinto-me mais aliviada. A verdadeira sabedoria é fruto do trabalho do Espírito Santo em nossas vidas. E quando o mais sábio dos homens se dá conta desta maravilhosa obra, entende a grandeza da sabedoria e do conhecimento: Deus.

Que a graça, a sabedoria, o amor e a paz de Deus que excede todo entendimento, estejam com todos nós!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Quando temos o cuidado de Deus

Para muitas pessoas, escrever um diário é uma forma de deixar registrado, como em uma foto, os momentos, pensamentos, idéias que desfilam por nossas mentes e que muitas vezes deixamos escapar por preguiça em escrever.
Hoje inicio este blog com uma intenção: gostaria de refletir profundamente sobre a música sacra e esta grande teia maravilhosa que se faz entre a música, as artes e a grande obra artística e literária inspirada por Deus: a Bíblia.
Sei que será um grande desafio mas o que seria de nós sem grandes desafios?
O cuidado de Deus se manifesta em nossas vidas de várias formas todos os dias. Basta olharmos para nós mesmos quando despertamos pela manhã. Estamos vivos, não? E prontos para mais uma aventura.
Eis o cuidado de Deus!

Até amanhã. Que Deus nos ajude a atravessar mais uma madrugada sob proteção dEle.
À Deus toda honra e glória!