assim seremos cheios do espírito...
Dá pra imaginar o que pensava Santo Agostinho quando escreveu o seu tratado " De Musica". É incrível como os pais da igreja ( Santo Ambrósio, Santo Agostinho, São João Crisóstomo) escreveram, defenderam e propagaram a importância da música na vida da igreja.
Como comunidade litúrgica,isto é, comunidade que serve em primeiro lugar, a igreja era o local onde se experimentava a música com clareza, integridade e verdade (claritas, integritas, veritas).
Ouvir a liturgia de São João Crisóstomo toda em grego e cantada do início ao fim é quase uma experiência de êxtase. Palavras e sons distantes de nós nos falam de forma tão próxima, como se o passado fosse agora.
Na primeira parte do "De Musica" Agostinho deixa claro que a música é a arte da modulatio, isto é, a arte de bem medir. Mas medir o que? Penso que tudo o que se refere à relação humana com a música.
Como tem sido a relação da igreja hoje com esta música da qual fala Agostinho? E ainda, com a música citada no Novo Testamento "Salmos...cânticos espirituais...Hinos".
Tenho a suspeita de que em algum lugar da história perdemos o fio da meada na compreensão desta música que fala ao Espírito e que transforma a mente das pessoas. Onde será que foi?
Estou aqui perdida tentando encontrar a ponta do fio. Imagino que se eu penetrar o interior da meada, talvez eu encontre algo ali. Vou tentar.
Sugestão para quem gosta: liturgia de São João Crisóstomo, canto gregoriano, liturgia bizantina, é bom ouvir!
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