Da beleza
Ultimamente tenho pensado muito na beleza. E tenho pensado ainda mais nas coisas belas que Deus criou e que muitas vezes se tornaram feias aos nossos olhos...ainda preciso entender isto.
É difícil discutir a questão do gosto pessoal mas não dá pra negar que este mesmo gosto é formado a partir de nossa vivência: o que vemos, sentimos, cheiramos, degustamos, apalpamos,escutamos e assim por diante,todos os dias.
Então, imagino ser um círculo vicioso. Se temos boas referências, nosso gosto será uma boa referência.Mas se não temos...
E o que dizer disto: "Adorai ao Senhor da beleza de Sua Santidade".
Sim, Deus é Santo e Belo! E sua Santidade, ainda mais!
Confesso que ando cansada das mesmas coisas, dos mesmos métodos, das mesmas frases, das mesmas músicas, dos mesmos trajetos. Mas também entendo que estas mesmas coisas foram e são importantes para eu refletir todos os dias.
Então, por hoje, e só por hoje quero:
... novos caminhos, novos silêncios, novos sons, novas roupas, novas formas de adoração, novos sabores, novas cores, novos toques...
E olha eu aí tentando buscar outras possibilidades...era um outro dia..um outro mês...um outro som...uma outra eu mesma...
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Falando entre nós com Salmos, Hinos e cânticos espirituais...
assim seremos cheios do espírito...
Dá pra imaginar o que pensava Santo Agostinho quando escreveu o seu tratado " De Musica". É incrível como os pais da igreja ( Santo Ambrósio, Santo Agostinho, São João Crisóstomo) escreveram, defenderam e propagaram a importância da música na vida da igreja.
Como comunidade litúrgica,isto é, comunidade que serve em primeiro lugar, a igreja era o local onde se experimentava a música com clareza, integridade e verdade (claritas, integritas, veritas).
Ouvir a liturgia de São João Crisóstomo toda em grego e cantada do início ao fim é quase uma experiência de êxtase. Palavras e sons distantes de nós nos falam de forma tão próxima, como se o passado fosse agora.
Na primeira parte do "De Musica" Agostinho deixa claro que a música é a arte da modulatio, isto é, a arte de bem medir. Mas medir o que? Penso que tudo o que se refere à relação humana com a música.
Como tem sido a relação da igreja hoje com esta música da qual fala Agostinho? E ainda, com a música citada no Novo Testamento "Salmos...cânticos espirituais...Hinos".
Tenho a suspeita de que em algum lugar da história perdemos o fio da meada na compreensão desta música que fala ao Espírito e que transforma a mente das pessoas. Onde será que foi?
Estou aqui perdida tentando encontrar a ponta do fio. Imagino que se eu penetrar o interior da meada, talvez eu encontre algo ali. Vou tentar.
Sugestão para quem gosta: liturgia de São João Crisóstomo, canto gregoriano, liturgia bizantina, é bom ouvir!
Dá pra imaginar o que pensava Santo Agostinho quando escreveu o seu tratado " De Musica". É incrível como os pais da igreja ( Santo Ambrósio, Santo Agostinho, São João Crisóstomo) escreveram, defenderam e propagaram a importância da música na vida da igreja.
Como comunidade litúrgica,isto é, comunidade que serve em primeiro lugar, a igreja era o local onde se experimentava a música com clareza, integridade e verdade (claritas, integritas, veritas).
Ouvir a liturgia de São João Crisóstomo toda em grego e cantada do início ao fim é quase uma experiência de êxtase. Palavras e sons distantes de nós nos falam de forma tão próxima, como se o passado fosse agora.
Na primeira parte do "De Musica" Agostinho deixa claro que a música é a arte da modulatio, isto é, a arte de bem medir. Mas medir o que? Penso que tudo o que se refere à relação humana com a música.
Como tem sido a relação da igreja hoje com esta música da qual fala Agostinho? E ainda, com a música citada no Novo Testamento "Salmos...cânticos espirituais...Hinos".
Tenho a suspeita de que em algum lugar da história perdemos o fio da meada na compreensão desta música que fala ao Espírito e que transforma a mente das pessoas. Onde será que foi?
Estou aqui perdida tentando encontrar a ponta do fio. Imagino que se eu penetrar o interior da meada, talvez eu encontre algo ali. Vou tentar.
Sugestão para quem gosta: liturgia de São João Crisóstomo, canto gregoriano, liturgia bizantina, é bom ouvir!
domingo, 24 de abril de 2011
Uma igreja à moda antiga
Hoje eu quero fazer uma reclamação. Quero reclamar ou mesmo proclamar, talvez assim fique melhor, sobre tudo que hoje se descarta na igreja. Descarta-se até a fé!
Escuto tanta gente dizendo que não quer cantar este "hino" ou aquele "cântico" porque é antigo.
Ou ainda ler este ou aquele livro, este ou aquele filme, etc. porque também são "antigos!"
De repente me vejo na igreja em pleno domingo ou reunida em grupos menores chamados de "células" e....digo o que mesmo? Que coisa mais antiga! Estaria eu revivendo a Jerusalém dos anos 70DC? Teria eu a a capacidade de fazer uma viagem no tempo....
Eu nasci no meio cristão. Vou à igreja desde meus primeiros dias de vida e assim o faço há 41 anos. Gosto de estar ali e quando não estou envolvida de alguma forma com algo que diga respeito à esta forma de viver a vida, fico perdida e deprimida. Parece que não estou onde deveria estar naquele momento e me sinto estranha. O que eu cantava quando criança, ainda canto hoje. As mesmas palavras da Bíblia continuam saltando em minha direção seja em forma de leitura, canção, estudo bíblico.
Não consigo imaginar a igreja de hoje sem compreender e viver a mesma igreja que sempre vivi. Tudo faz parte da vida, da minha vida. Não há como separar. E tudo que cantei, orei, senti, vivi, experimentei na igreja continuo fazendo. Antigo? Jamais! É tudo tão contemporâneo como foi e será. Por que?
Porque não existe tempo restrito e medido para Deus. E por isto não consigo entender esta forma sutil e perigosa de descartar as coisas na igreja como se o Espírito Santo não falasse mais através delas. E o que dizer da Bíblia? Eu deveria colocá-la em um museu e ir de vez em quando fazer uma visita para mostrar aos "vanguardistas" de hoje um exemplar de algo tão raro.
Suspeito que deve ser por isto que as pessoas não lêem mais a Bíblia. E por isto que elas não querem mais cantar os antigos hinos que tanto influenciaram vidas, e de tantos que se converteram só por ouvir uma frase ou mesmo um belo e agradável som.
Descartamos tudo que nos parece "velho e sem uso",e inclusive a Bíblia! Descartamos os hinos, as poesias, os testemunhos, as histórias de pessoas que viveram muito e podem nos ensinar. Descartamos também vidas e possibilidades de com tão pouco recurso mostrarmos que Deus é maior e achamos que estamos fazendo um grande negócio explorando ao máximo a tecnologia.
E por falar nisto, o que tem a tecnologia de tão nova assim?
Bem, continuo achando que eu gostaria de uma igreja à moda antiga. Uma igreja que realmente se preocupava com as pessoas e com sua real conversão e não com números. Uma igreja que se preocupa com quem precisa de ajuda, com quem está na eminência da morte ou mesmo sente que não tem forças físicas para tantas coisas, mas tem força em seu coração porque realmente crê.
Por hoje é só. Quero cantar hinos antigos e imaginar como meus irmãos de mais de mil anos atrás louvavam com alegria o mesmo Deus de hoje, de ontem e de amanhã. Quero cantar sons que ecoem por este universo e que cheguem no amanhã com a mesma intensidade que move meu coração hoje.
Isto é o corpo de Cristo. O mesmo onde o próprio Deus habita.
Soli Deo Gloria
Escuto tanta gente dizendo que não quer cantar este "hino" ou aquele "cântico" porque é antigo.
Ou ainda ler este ou aquele livro, este ou aquele filme, etc. porque também são "antigos!"
De repente me vejo na igreja em pleno domingo ou reunida em grupos menores chamados de "células" e....digo o que mesmo? Que coisa mais antiga! Estaria eu revivendo a Jerusalém dos anos 70DC? Teria eu a a capacidade de fazer uma viagem no tempo....
Eu nasci no meio cristão. Vou à igreja desde meus primeiros dias de vida e assim o faço há 41 anos. Gosto de estar ali e quando não estou envolvida de alguma forma com algo que diga respeito à esta forma de viver a vida, fico perdida e deprimida. Parece que não estou onde deveria estar naquele momento e me sinto estranha. O que eu cantava quando criança, ainda canto hoje. As mesmas palavras da Bíblia continuam saltando em minha direção seja em forma de leitura, canção, estudo bíblico.
Não consigo imaginar a igreja de hoje sem compreender e viver a mesma igreja que sempre vivi. Tudo faz parte da vida, da minha vida. Não há como separar. E tudo que cantei, orei, senti, vivi, experimentei na igreja continuo fazendo. Antigo? Jamais! É tudo tão contemporâneo como foi e será. Por que?
Porque não existe tempo restrito e medido para Deus. E por isto não consigo entender esta forma sutil e perigosa de descartar as coisas na igreja como se o Espírito Santo não falasse mais através delas. E o que dizer da Bíblia? Eu deveria colocá-la em um museu e ir de vez em quando fazer uma visita para mostrar aos "vanguardistas" de hoje um exemplar de algo tão raro.
Suspeito que deve ser por isto que as pessoas não lêem mais a Bíblia. E por isto que elas não querem mais cantar os antigos hinos que tanto influenciaram vidas, e de tantos que se converteram só por ouvir uma frase ou mesmo um belo e agradável som.
Descartamos tudo que nos parece "velho e sem uso",e inclusive a Bíblia! Descartamos os hinos, as poesias, os testemunhos, as histórias de pessoas que viveram muito e podem nos ensinar. Descartamos também vidas e possibilidades de com tão pouco recurso mostrarmos que Deus é maior e achamos que estamos fazendo um grande negócio explorando ao máximo a tecnologia.
E por falar nisto, o que tem a tecnologia de tão nova assim?
Bem, continuo achando que eu gostaria de uma igreja à moda antiga. Uma igreja que realmente se preocupava com as pessoas e com sua real conversão e não com números. Uma igreja que se preocupa com quem precisa de ajuda, com quem está na eminência da morte ou mesmo sente que não tem forças físicas para tantas coisas, mas tem força em seu coração porque realmente crê.
Por hoje é só. Quero cantar hinos antigos e imaginar como meus irmãos de mais de mil anos atrás louvavam com alegria o mesmo Deus de hoje, de ontem e de amanhã. Quero cantar sons que ecoem por este universo e que cheguem no amanhã com a mesma intensidade que move meu coração hoje.
Isto é o corpo de Cristo. O mesmo onde o próprio Deus habita.
Soli Deo Gloria
sábado, 23 de abril de 2011
Pânico
Exatamente há um ano atrás eu tive minha primeira crise de pânico. Os especialistas chamam de síndrome do pânico, pois não é algo isolado que acontece conosco, e sim um complexo de sentimentos, emoções e reações físicas todos em ebulição simultânea. Instaura-se o caos, e consequentemente o pânico.
Mas pânico de que, afinal? Será que temos mais medos rondando nosso interior do que realmente pensamos ou sabemos?
Semana passada aconteceu novamente. Passou mais rápido, mas aconteceu. E posso dizer que é a sensação mais estranha, difícil, assustadora e sem controle das quais eu já passei. E nos vemos diante de algo que realmente é incontrolável. Nos vemos impotentes e sem ter para onde fugir.
Mas eu descobri que há um furinho nesta relação espaço-temporal do pânico. É praticamente uma outra dimensão que experimentamos - a oração; nosso canal direto e imediato de pedidos de socorro ao Pai. E funciona!
Não posso dizer que tudo some de uma hora para outra mas posso garantir que há o vislumbre da paz, da esperança e da confiança. Creio em Deus. Creio na vida e creio na ressurreição do corpo. Eis o mistério que nos faz atravessar o furinho...Há uma vida eterna.
Credo in unum Deum Patrem Omnipotentem
Et in Jesum Christum Filius unicum dominum nostrum
Et in spiritum sanctum
Mas pânico de que, afinal? Será que temos mais medos rondando nosso interior do que realmente pensamos ou sabemos?
Semana passada aconteceu novamente. Passou mais rápido, mas aconteceu. E posso dizer que é a sensação mais estranha, difícil, assustadora e sem controle das quais eu já passei. E nos vemos diante de algo que realmente é incontrolável. Nos vemos impotentes e sem ter para onde fugir.
Mas eu descobri que há um furinho nesta relação espaço-temporal do pânico. É praticamente uma outra dimensão que experimentamos - a oração; nosso canal direto e imediato de pedidos de socorro ao Pai. E funciona!
Não posso dizer que tudo some de uma hora para outra mas posso garantir que há o vislumbre da paz, da esperança e da confiança. Creio em Deus. Creio na vida e creio na ressurreição do corpo. Eis o mistério que nos faz atravessar o furinho...Há uma vida eterna.
Credo in unum Deum Patrem Omnipotentem
Et in Jesum Christum Filius unicum dominum nostrum
Et in spiritum sanctum
Páscoa
Há algum tempo atrás eu esperava a Páscoa para fazer ou reger ou mesmo cantar uma boa "cantata de páscoa".
Organizava meu tempo para assistir a um dos concertos que sempre acontece neste período. Que delícia ouvir uma Paíxão Segundo São Mateus de Bach ou Segundo São João....ou qualquer outra paixão cantada e experimentada no nível da beleza sonora. Que saudades!
Fico me perguntando: onde está a igreja que antes vivia de fato a quaresma se preparando para experimentar tão importante momento? E aqui com meus pensamentos silenciosos reflito: parece que a páscoa adormeceu.
Será que não temos notado que temos nos afastado cada vez mais das experiências mais ricas e profundas da fé cristã? Onde está o Cristo ressuscitado, alguém sabe?
Tenho buscado novas canções para preparar com meus grupos vocais e tenho percebido o quanto nos afastamos da beleza de viver a ressurreição de Cristo como igreja, como corpo vivo e dinâmico. Corpo - composto de vários membros!
Espero que a próxima Páscoa seja melhor. A começar em mim e se espalhando pelo corpo - de Cristo.
Organizava meu tempo para assistir a um dos concertos que sempre acontece neste período. Que delícia ouvir uma Paíxão Segundo São Mateus de Bach ou Segundo São João....ou qualquer outra paixão cantada e experimentada no nível da beleza sonora. Que saudades!
Fico me perguntando: onde está a igreja que antes vivia de fato a quaresma se preparando para experimentar tão importante momento? E aqui com meus pensamentos silenciosos reflito: parece que a páscoa adormeceu.
Será que não temos notado que temos nos afastado cada vez mais das experiências mais ricas e profundas da fé cristã? Onde está o Cristo ressuscitado, alguém sabe?
Tenho buscado novas canções para preparar com meus grupos vocais e tenho percebido o quanto nos afastamos da beleza de viver a ressurreição de Cristo como igreja, como corpo vivo e dinâmico. Corpo - composto de vários membros!
Espero que a próxima Páscoa seja melhor. A começar em mim e se espalhando pelo corpo - de Cristo.
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